sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Triste solidão


O sinal bate, eu desço devagar as escadas daquele corredor imenso. Olho para o lado, vejo multidões de pessoas, mas nenhuma delas, está ali do meu lado, segurando a minha mão; todas estão distantes, estão em grupos, em duplas, sorrindo, conversando; e eu ali, andando solitariamente até chegar em algum lugar, qualquer que seja.

Sento-me em um canto solitário, onde ninguém está presente, mas mais adiante, estão lá todas aquelas pessoas que desciam as escadas sorridentes, conversando. Eu estou de um lado, e todos eles estão do outro. Eles estão felizes, e eu, solitária, observando a cada expressão que fazem. Daqui, eu posso vê-las claramente, mas sei que de lá, eles também me enxergam e comentam.

Não vou mentir, dizendo que a distância entre mim e eles, são metros mais metros, mas tanto eu quanto eles, sentimos que a distância pra nos aproximarmos, significava um imenso abismo, e isso está me deixando cada vez mais impaciente para sair daqui, a ponto de me fazer ficar olhando o relógio a cada minuto que se passa; eu conto os minutos praquele solitário intervalo chegar ao fim, porém eu sei que não adianta nada, pois no dia seguinte vai ser exatamente a mesma coisa.

O sinal finalmente bate, e eu consegui sobreviver mais uma vez aquela tortura, que é a solidão. Subo devagar as escadas, olho para o lado e revejo aquelas multidões de pessoas, mais nenhuma delas está ali do meu lado, segurando a minha mão, todas estão distantes, estão em grupos...

___

Nenhum comentário: